Sobre conselhos, fórmulas e sorrisos
27 junho 2013
Solte os braços. Inspire. Vá para a academia. Medite. Diga o que sente, mas não exagere. Estes são conselhos que ouço todos os dias. E quase todos os dias alguém tenta uma nova forma de me moldar. Não entendo como algo tão incerto pode atrair tantos ajustes indesejados. Eu não quero que me consertem. Nem que me digam para manter a calma ou amar mais ao próximo. Meu amor tem sido grande e egoísta o suficiente para amar apenas o sorriso que vejo no reflexo do espelho. Às vezes aberto, às vezes acanhado, outros que só chegam até o canto da boca e tem também aqueles que pedem licença as minhas orelhas pois eles querem passar.
Aprendi a fórmula certa para que ele ocupe sempre o mesmo lugar. E não revelo. Vez ou outra aparece um desses cavalheiros de armadura prateada que prometem o céu e a terra no intuito de roubá-lo de mim. Mas mal sabem eles do meu seguro. E da minha segurança em relação aos amores de verão, primavera, outono ou qualquer outra estação que necessite de algum estoque de sentimentalismo barato, vinhos e romances clichês de filmes sem a mínima noção do que é bom gosto.
Sabe o arrepio que vai da última ponta de fio de cabelo até o dedinho do pé? Nem reconheço mais. Ou finjo não conhecer. A verdade é que essa história de arrepios e frio na barriga sempre acaba com um iceberg no lugar de um coração. E isso tudo já encheu o saco. E todos os melodramas não tem mais sentido. Porque tenho um apego imenso pelo meu desapego e pelo meu vazio - denominado assim por parentes e amigos próximos. O que chamam de vazio, eu chamo de paz. O que chamam de egocentrismo exagerado, eu chamo de amor próprio. E sei que os significados distorcidos não vão parar aí.
Gosto de brindar minha felicidade de um jeito sutil. Sempre lutei por minhas coisas e nunca precisei passar por algo que não fizesse parte do meu eu. Sempre fui clara, mesmo em meio a escuridão em que às vezes vivo. Sempre mantive minha fé intacta em minhas míseras chances de sucesso. E acreditei em mim quando mais ninguém fez isso. Depois sorri pelo prazer de mostrar o resultado para aqueles que torceram contra. Quer um conselho? Sorria. Só ria. Ria de tudo aquilo que tenta, de uma forma inútil, te prender a coisas passadas, ultrapassadas ou aquele velho lixo sentimental. Sorria, porque a única coisa que vale a pena nesse mundo é a sua felicidade. Depois dela, priorize apenas as pessoas indispensáveis para que você seja feliz: você, você, você de novo...
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"Porque tenho um apego imenso pelo meu desapego e pelo meu vazio..."
ResponderExcluirMuito eu, esse texto. Amei, não como eu amei todos os outros. Me vi aí, em cada frase, em cada palavra...
Fico tão feliz por ler isso, Ju! Você nem imagina o quanto. Obrigada por tudo <3
ExcluirBjobjo;*
perfeito...se for seu Raiane, vc sabe das coisas!
ResponderExcluirHahaha é meu sim, Mileny! Muito obrigada <3 beiijinhos.
ExcluirCara, esse texto é tão eu?
ResponderExcluirBom demais! PA RA BE NS!
Obrigada, Juliana! <3 beeeijo.
ExcluirIncrivelmente verdadeiro.
ResponderExcluirParabéns de novo.
Bjs!
Obrigada, Jully. Fico feliz por saber que gostou <3 beijos!
ExcluirEstou amando esse blog!!! Parabéns!! Incrivel!!
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