Finais não são adiáveis

07 julho 2016




Quando eu gosto muito de algo, quero que essa determinada “coisa” dure pelo maior tempo possível. Devoro meu chocolate preferido devagar, entre a luta de saborear cada pedacinho que se desfaz na boca e manter o sabor doce pelo maior tempo possível. Leio as últimas páginas de um bom livro lentamente, vivendo entre a curiosidade de saber o que acontecerá e a tristeza do fim.

Eu gosto de me iludir achando que a gente pode esticar um final como quem estica um chiclete que já perdeu o gosto. Mas, será que é saudável? Será que é suficiente? Tenho minhas dúvidas.



É bom acreditar que o melhor dia da vida pode durar para sempre, que as pessoas podem mudar e que relacionamentos não acabam. Eu já lutei tanto, mas tanto, contra as marés que me diziam que aquilo não ia funcionar, que o seu jeito não batia com o meu e que merecíamos encontrar algo que realmente nos fizesse feliz.

Mas o que fazer com o vício que tenho em permanência? Tenho medo de ir embora e perceber que o melhor era ficar. Sinto uma angustia infinita ao pensar que só temos uma vida e que errar pode ser fatal. E sabe o que eu não percebo de verdade? Que é mudando a rota que a gente encontra o caminho. É encarando o medo de frente que descobrimos nossa força.

Eu sempre sei quando algo chegou ao fim ou está prestes a acabar. A gente nota a fria diferença, mesmo tapando os olhos, os ouvidos e queimando as provas. E o que eu descobri com o tempo? O aperto no peito não passa, a sensação de fracasso não vai embora e a frustração de não ter se permitido uma segunda chance vivida por um outro ângulo é mortal.

A gente sabe, bem lá no fundinho, que adiar um final certo é permitir que o veneno mate aos pouquinhos, em doses dolorosas e traumáticas.

Um conselho? Permita-se pôr um fim naquilo que te impede de viver plenamente feliz e tenha coragem para fazê-lo quando necessário.






Raiane Ribeiro: 23 anos, publicitária por formação, redatora por paixão e agora youtuber em ascensão. Ariana cabeça dura, extremista e cheia de querer tudo "pra ontem". Criou o lema "chora e não me liga" para o blog e acabou adotando para a vida. Conheça meu canal no youtube clicando aqui > YouTube.

Nunca

29 junho 2016



Nós nunca acordaremos face a face. Eu nunca vou preparar seu café da manhã todas as manhãs. Você nunca me agarrará por trás no balcão da cozinha beijando-me a nuca. Nunca.

Nunca andaremos aos beijos pela casa no caminho para o quarto. Nunca voltaremos para a cama juntos num sábado de manhã.

Nunca iremos a cinemas, jantares ou programas de casal. Nunca como tal. Nunca irei lhe fazer uma surpresa de Natal. Nunca verei em seu rosto de menino, um sorriso por ter ganho de mim um presente que só eu saberia lhe dar. Nunca.

Nunca vou afagar teus medos e sentir sua dor numa madrugada triste. Nunca vou me enterrar no seu peito após acordar de um pesadelo terrível.

Eu nunca vou segurar sua mão por debaixo da mesa do gerente do banco. Nunca vou vibrar vendo seu sorriso ao assinar os documentos de nossa primeira casa própria, um lugar que você chamaria de “fortaleza da solidão conjunta” ou “bat-caverna do amor”. Brega.

Nunca haverá celebrações só nossas. Nunca haverá códigos que criamos em nossas cabeças e que só funcionam para nós. Nunca viveremos brigas tolas porque sou uma pessoa mimada. Nem porque você às vezes age como o completo bobão ou é quadrado demais. Nunca.

Nunca irei preparar seus pratos favoritos. Nunca iremos nos olhar nus no meio da sala, desinibidos. Nunca irei tirar fotos de você feliz ao lado de sua nova motocicleta favorita. Nunca vou rir de você na estrada, sendo palhaço, fazendo piada.

Nunca terei a chance de te abraçar forte antes de uma partida e dizer que você é minha vida. Nunca vou me entregar a você como se nunca antes tivesse, numa chegada.

Nunca vou receber de você presentes que só você saberia me dar. Nem surpresas num dia sem nome, ou serenatas toscas num bar. Nunca vou pegar você me olhando com malícia, amando-me com o olhar.

Nunca vou chorar com você porque a primeira tentativa não deu certo. Nunca vou ter dúvidas sobre termos escolhido o caminho correto. Nunca vou dar pulos de alegria no meio da rua porque finalmente aconteceu.

Nunca vou brigar com você porque eu queria roxo e você azul. Nunca irei ver de perto o grande pai que você vai se tornar. Nunca vou sentir orgulho por ter a família mais linda do mundo todo, e por tê-la formado com você.

Nunca sairemos de férias após deixar o Lucas com a vovó. Nunca nos sentiremos velhos e chatos juntos.

Nunca.

Eu nunca vou viver a vida que eu nunca esperei viver com você. E dentre tantos nuncas, há um que para sempre me acompanhará: eu nunca vou deixar de te amar.




Anderson B. Monte Rei: 22, publicitário, viciado em trabalho e perdidamente apaixonado por escrita. Escreve nas baladas, no ônibus e claro, na agência. Cabelos coloridos, poesia e bad's esporádicas. Sim, Lana Del Rey é um mood constante. E Paramore! (Banda favorita). Punk, séries de drama, animes, comida e memes: amo.
Fim da conversa no bate-papo

Blog da Raiane agora é também Vlog da Raiane

31 maio 2016


Estou em dívida com blog? Estou! Sumi daqui? Sumi! Quando eu saí de casa (há quase dois anos) eu imaginei que me mudar para a cidade onde eu estudava me pouparia o tempo da viagem e eu ficaria mais tranquila. *BOOM* Resposta errada! Hahahaha


Em primeiro lugar, não estou reclamando de na-di-nha. Se você me acompanha, mas não sabe disso ainda, eu me formei no final de 2015, mas, para minha surpresa, a vida continua corrida e quando acaba a faculdade tudo (não) vira flor. Pelo contrário: a responsabilidade aumenta.


Por um lado, isso é muito bom. Desde que me mudei, amadureci muito, tanto em minha vida pessoal, quanto profissional. Pagar suas próprias contas, ter que tomar conta do seu próprio teto e todas essas outras coisas, são hábitos que exigem administração de tempo, responsabilidades e prioridades.


Em uma dessas escolhas, eu optei por me afastar um pouquinho do blog. Uma decisão difícil? Sim! Me arrependi? Bastante. O blog foi um cantinho que criei há quatro anos onde eu abria o coração, desabafava, colocava pra fora tudo o que realmente apertava o peito.


Com a nova rotina e todas as novas responsabilidades, eu me sentia sem tempo e absolutamente cansada para dar continuidade ao trabalho. Então, por que resolvi parar com o blog na época? Porque não queria criar conteúdo ruim. Não queria vir aqui escrever qualquer coisa só para manter o número de visualizações, muito pelo contrário. Então, acabei deixando um pouquinho de lado e atualizava apenas quando escrevia algo que realmente gostava, maaaaaas...


É fato que meu amor pela escrita, por esse meio e pelas pessoas que me acompanham desde 2012, quando criei o blog, não ia sumir assim... Então, abri mão de alguns projetos que eu vinha fazendo há um bom tempo para me dedicar exclusivamente ao blog e as minhas redes sociais.
Por que resolvei escrever esse texto? Porque estou ensaiando para escrevê-lo há tempos e isso envolve alguns motivos:

1 – É um desrespeito abandonar tudo assim de repente, sem dar pelo menos uma explicação para quem me acompanha.
2 – Eu quero voltar tem muuuuuuuuuito tempo. E acho que depois de ler o que eu acabei de escrever e sentir o que eu senti enquanto escrevia, não tem jeito: aqui é o meu lugar. <3
3 –Vou investir no blog! Tempo, dinheiro, dedicação, tudo o que for preciso para mantê-lo ativo a partir de agora.
4 – CRIEI UM CANAL! Inclusive, já tem alguns vídeos que foram postados por lá e eu 



AMEI fazê-los. Claro que tenho muito o que melhorar ainda. Não consegui acertar a luz, tem muitos erros de gravação porque ainda me sinto acanhada por falar com uma câmera, mas enfim, tudo vai se ajeitando aos pouquinhos... Devagar e sempre, certo?

















  



Se você quiser conhecer o canal, o link é esse: www.youtube.com/c/RaianeRibeiroo

Gravei alguns vídeos já.

O primeiro falei sobre Anúncios no facebook e respondi a dúvida que muitas pessoas têm: “devo fazer post patrocinado para divulgar meu blog?” Deve sim! E você vai entender o porquê nesse vídeo:

No segundo, eu falei sobre algo que aconteceu comigo: nudes. Quem nunca, 
não é? Também fiz questão de falar a respeito de algumas coisas que me incomodam (e muito) na internet. Hahaha Quer conferir? Assista:

Já o terceiro eu falei sobre uma série que eu AMO: grey’s anatomy. Eu, particularmente, não gostei muito desse vídeo. Primeiro porque eu estava com o nariz entupido e com começo de gripe, então a voz já não estava aqueeeeela coisa. E, para piorar, gravei o vídeo na casa da minha mãe à 01h30. Sim, ela estava dormindo e eu morrendo de medo de acordá-la, resultado? Estava praticamente sussurrando no vídeo! Hahaha

E tem o quarto, o quinto...

Tudo o que eu quero agora é me dedicar aos projetos que me fazem bem e que fazem com que eu me sinta viva. Vai ser difícil? Vai sim. Estou preparada para isso? Não totalmente, mas estou empenhadíssima para conseguir chegar lá (e estou certa de que vou conseguir).


Então, você que gosta de tudo o que eu posto por aqui (e em outros lugares) dá um pulinho lá no canal para conferir os vídeos, se inscreve, dê joinhas e me ajude a fazer tudo isso valer a pena, porque eu sei que vai. Me siga em todas as minhas redes sociais e vamos juntos nessa caminhada, tá?

DESCULPA PELO TEXTÃO, eu precisava.


Um beijo pra você que leu até aqui e até breve. :*

Para quando eu disser sim

28 março 2016



Quando esse dia chegar, você vai me ver mais falante do que o normal. Provavelmente eu andarei de um lado para o outro, gritarei com algumas pessoas por puro nervosismo e talvez sinta um frio na barriga que não passará até chegar o grande momento. Mas medo? Não, isso eu tenho certeza que não sentirei.

Quando entrar no carro, farei todo o trajeto com minha música preferida tocando no rádio. Contarei ao motorista o quanto você é especial e como já passamos por maus bocados. Mas nada disso importa agora, não é? Nós viramos o jogo porque sabíamos que éramos perfeitos um para o outro. Uma ligação de outra vida, eu diria.

Quando eu estiver atrás da porta, esperando o momento em que ela se abrirá e a marcha nupcial anunciará minha entrada, vou imaginar seu sorriso lindo me esperando por um corredor que, aparentemente, não tem fim. E, inconscientemente eu sorrirei também.

Quando eu caminhar pela igreja a passos lentos, sendo observada por todas as pessoas que vivenciaram conosco cada parte da nossa história, é possível que role uma lágrima. Ou duas, talvez. Mas olha, não se assuste, ok? É o meu jeito de dizer que a felicidade é tanta que não dá para ser contida. E aí, rola a terceira.

Quando você me pegar pela mão, eu entenderei e enxergarei de forma clara e óbvia, os porquês de termos passado por tudo o que passamos e, mais do que isso, como passamos. Se não fosse isso, não estaríamos aqui, não é?

Quando eu te olhar nos olhos e ouvir você jurar amor e fidelidade, farei um sinal de aprovação discreto, como quem diz “não precisa dizer em voz alta, eu sei que seremos (somos) assim”.

Quando esse momento chegar, eu vou afirmar e mostrar ao mundo inteiro, sem medo, a pessoa que eu escolhi para viver ao meu lado. Sem dúvidas, sem dramas, sem o medo da entrega. Eu me comprometerei a viver um amor real, dia a dia, debaixo do mesmo teto, dividindo a mesma cama.

Eu me despirei de todo o meu passado e tudo o que me prende às velhas lembranças, porque sei que arquitetaremos outras ainda mais deslumbrantes. Serei sua e você será meu, dentro da liberdade que estabelecemos desde o início.

E nesse momento, você saberá que eu vou te amar como nunca amei ninguém.

Seja lá quem você for.

Sua hora vai chegar

15 fevereiro 2016



Calma, querido. Se tem uma coisa que eu gostaria de te pedir, é para que tenha calma. Dizem por aí que a ficha demora um pouco a cair, principalmente quando se trata de um homem. Faz o seguinte, vai lá curtir seus amigos e encher a cara naquela festa que você odeia. Vai, anota o telefone de todas as garotas que você encontrar na balada e diz que vai ligar no dia seguinte. E liga, tá? Marque aquele jantar que vai ser inesquecível e perceba, com cautela, que você não vai encontrar necessariamente o que procura. Mas tenta, tudo bem?

Quando acordar no dia seguinte e perceber que ela foi embora antes do despertador tocar, você vai ver o quanto é difícil encontrar alguém que permaneça. No momento em que contar suas histórias que, convenhamos, só você acha engraçado, pode ser que ela não faça o menor esforço para manter o brilho nos seus olhos e feche a cara. Ouça bem ela dizer seu nome sem mostrar qualquer tipo de sentimento que transborda, que acolhe e que traz paz e perceba que esse tipo de coisa é praticamente impossível forjar. Não se assuste quando notar que ela não faz o mínimo esforço para não te magoar, nem escolhe as palavras cuidadosamente para não te atingir. Nem todo mundo tem esses cuidados que nós tínhamos um com o outro.



No dia a dia, pode ser que você perceba que detalhes fazem toda diferença. Um sms desejando bom dia, café na cama em dia especial, brincadeiras que aconteciam apenas para alegrar o outro em dias um pouco mais escuros, sabe? Todas essas coisas que parecem comuns quando estamos em um relacionamento há tanto tempo, fazem falta quando estamos sozinhos. Mas calma, eu não preciso adiantar nada sobre como você irá se sentir.

No dia que você perceber que a pessoa que escolheu para viver não é nem metade daquilo que você espera – e que tivemos por tanto tempo - aí, nesse exato momento sua ficha vai cair: você vai perceber que ela poderia ser eu, mas não é. E anote o que eu estou dizendo: você vai lembrar de mim e de tudo o que vivemos nesse tempo juntos. É bem provável que até lá eu já tenha finalizado esse texto, o capítulo, o livro e a saga. Já terei seguido em frente, sozinha ou acompanhada, mas que fique registrado aqui: eu sempre soube que isso aconteceria.

A lembrança vai chegar, calma e lenta para te tirar o sono. Nesse dia, eu não vou lhe desejar mal, nem bem, nem nada. Apenas que a falta, que será quase palpável de tão real, passe. E que você consiga ser feliz novamente um dia.
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