Ele gosta de U2, o que rendeu uns bons pontos comigo logo de cara. E gosta de futebol, uísque e conversas ao pé do ouvido. Ele é um desses caras que a gente encontra poucas vezes na vida, e que toda garota vive sonhando por aí: compreensivo, legal, amigo, bom ouvinte, bom de cama, bom de coração. De todos os caras que já passaram na minha vida, ele, com certeza, foi o que eu menos mereci. Logo eu, toda errada e cheia de manias. Logo eu, que vivo entrando na contramão da minha própria vida para me sabotar. Se eu pudesse, de verdade, escolher, eu escolheria ele. Você sabe.
Eu tentei escolher. O cara da voz calma, dos planos reais, das escolhas certeiras. Foi ele que bateu na porta e entrou de mansinho, conquistando tudo aqui por dentro. Conquistou um espaço que eu nem sabia que existia, depois de você. Ele me deu a mão e se dispôs a encarar a coisa toda ao meu lado, acredita? Corajoso o menino, de sair por aí querendo enfrentar a minha vida e o meu jeito desafiador. Ele não se acuou quando eu recuei. E eu nem precisei contar de você. Aliás, o que mesmo eu tenho para contar de você? Você foi embora antes de começar a história.
Já ele...ele não foi embora por medo. Não tremeu na base temendo me perder. Ele sabia que ainda nem me tinha, mas tentou me puxar de todas as formas. Chegou uma hora em que eu me deixei ir. Ficar parada no mesmo lugar esperando que você voltasse atrás e me roubasse para si não dava. Porque, ainda que por outro caminho, até você estava seguindo em frente. No fim, eu só tinha que dar os primeiros passos também.
Ele me ensinou a me sabotar menos. Me fez descobrir que eu também merecia ser feliz. Colocou esse sorriso na minha cara e todos viviam falando que eu nunca estive tão bem. Ele gosta das mesmas pessoas que eu, dos mesmos lugares, das mesmas histórias e dos mesmos desafios. Dizem, até, que nós nascemos um para o outro. No final feliz, era com ele que eu deveria ficar.
Só que, na minha história, eu nunca fui mocinha. Sempre levei mais jeito para vilã. E, por mais que eu sofra com o nosso fim, é ele que chora de saudade de mim. Porque, no fundo, eu nunca pude escolher.
Eu sei e você sabe: vai ser sempre você.
*Post escrito pela colaboradora Karine Rosa. Karine: "Não sei cantar, não sei atuar, não sei desenhar e não me dou bem com cálculos. Um dia, uns desavisados aí disseram que eu sabia escrever. E eu, boba, acreditei. A verdade é que é a única coisa em que eu me dou razoavelmente bem. Então, vou indo, acreditando, escrevendo umas palavras, umas histórias, uns romances nunca publicados. Vai que dá em alguma coisa! Meu punhado de sonhos e meu coração bobo já deu nisso aqui." Leia mais textos da Karine AQUI.
[..] Já ele...ele não foi embora por medo. Não tremeu na base temendo me perder. Ele sabia que ainda nem me tinha...
ResponderExcluirEm pequenas frases como essa vc contou minha historia, Parabéns escrevi muito bem, lindos textos. Vc fala de você e acaba lendo a alma dos outros .
Obrigada, anonimo! Mas esse texto não é meu, e sim da Karine! :) Bjao!
ExcluirRaiane, estou apaixonada pelo seu blog e seus textos!
ResponderExcluirEsse é muito bom também, apesar de não ser seu.
Mas passei um bom tempo lendo alguns outros daqui...
Já estou seguindo e voltarei muito mais vezes!
Pelo meu blog ser de textos também, amo encontrar outros assim! :)
Beijos,
miragem-real.blogspot.com.br
Oi, Carol! Fico tão feliz por ler isso, você nem imagina o quanto!
ExcluirMuito obrigada, de verdade.
Espero que volte sempre mesmo!
Seja bem vinda!
Beijão!
Nossa que perfeito o seu texto e o seu blog.
ResponderExcluirEu AMO escrever e consequentemente eu AMO ler também.
Adorei e estou até te seguindo.
Beijinhos,
http://christinacorrea.blogspot.com.br/
Oii, Christina!
ExcluirOlha, muito obrigada, viu?
Fiquei feliz com seu comentário e visita.
Espero que volte sempre!
Beijo grande!