Eu estou começando a achar que isso se encaixa na categoria de vícios, sou viciada na sensação de perigo que ele me traz quando me falta o ar enquanto tento descobrir qual vai ser a próxima ação dele. Se ele vai sorrir e chegar mais perto, se vai fechar os olhos enquanto acha graça de algo que eu disse e depois vai embora. Eu não sei se vai ou se fica e não quero cobrar entende? Vocês conseguem me entender? Isso tudo é errado! Eu estou insistindo em apertar a mesma tecla que outras vezes já deu defeito! Mas sabe aquela esperança? Aquela chaminha que insiste em arder lá no fundo do nosso coração?
A gente se engana na esperança de que ele vá mudar, nos iludimos achando que vai ser diferente. E não há mal nenhum nisso, há? Eu preciso tentar! Eu não tenho como descobrir antes de tentar, ninguém conhece o final desde o começo, o amanhã faz parte do tempo e o tempo é volúvel. Talvez um dia o sorriso dele me enoje, talvez eu realmente quebre a cara e precise de algumas sessões de terapia e mais paginas de textos que me ajudem a superar as lembranças ou talvez, um talvez realmente alimentado por esperança, eu encontre aquele sorriso em um altar e em todas as tardes tediosas de domingo. Vai saber.
Sobre a autora: Aline Madera, mais uma radialista criativa em formação. 18 anos, apaixonada pela faculdade de Rádio, Televisão e Internet, só encontrou uma válvula de escape: escrever.Talvez tenha nascido com o dom de jogar bem as palavras em uma folha de papel, talvez seja súbita inspiração, só lendo para descobrir.
"Eu estou começando a achar que isso se encaixa na categoria de vícios, sou viciada na sensação de perigo que ele me traz quando me falta o ar..." que texto mara, amei parabéns.
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