Não sei o que assusta mais: a chance de dar errado ou a grande possibilidade de dar certo. E eu vou me agarrar com todas as forças a nossa reaproximação, fazendo com que a gente se afaste. Porque te assusta demais a ideia de ser feliz comigo, já que conseguimos ser tão infelizes, depois de tanta felicidade, no passado. Então você vai deixar claro como isso nunca daria certo e eu vou sentir um ódio mortal de você por não lutar por mim, por me deixar ir embora e por me dar a chance de conhecer pessoas novas. Não te assusta pensar que eu posso ser feliz com outra pessoa? Porque, acredite, eu posso. O problema é querer. Porque por mais que minhas escolhas sejam precisas, o destino se encaminha de me jogar nos seus braços. E como na maior parte das vezes é o que eu quero, penso que é algo dos céus. Algo predestinado, como se eu, de fato, acreditasse em destino.
O nosso presente é o resultado das nossas escolhas no passado e o nosso futuro é o que plantamos hoje, eu sei disso. Mas quando se trata de você, um mínimo detalhe vira uma grande história na minha mania de fantasiar demais. E no auge do meu ódio vou sair, dançar, curtir, beber e me entupir de pessoas vazias para me encher de você. Vou provar, mais uma vez, o que você perdeu e quão burro é por isso. Vou aumentar o volume da música para esquecer sua voz e ouvir aqueles gêneros que você odeia. Vou me enganar tentando te fazer acreditar em tudo isso, porque no final da noite eu vou chegar em casa, deitar a cabeça no travesseiro e lamentar por você e por mim, vou te amar novamente em pensamento e logo em seguida concordar com a sua ideia de que isso nunca funcionaria. Até que tudo aconteça de novo, exatamente na mesma ordem, como sempre acontece.
Minha fantasiosa relação de quase amor está desgastada e todas as vezes eu prometo que será a última. E todas as vezes são para sempre e sempre duram apenas algumas horas, dias ou semanas e recomeçam. Recomeçam porque a minha felicidade procura por notícias da sua, quer saber se sua felicidade é completa e como estão as novidades. Ou então recomeçam porque a falta que você sente de mim não te deixa dormir e seu colchão não tem estrutura suficiente para o peso na sua consciência pelas palavras ditas sem pensar. Já sabemos, recomeça. Não sei se é pela saudade, pelo amor ou puro masoquismo. Um círculo vicioso que nunca acaba, mas sempre termina.
O melhor do melhor do mundo. Muito fã!
ResponderExcluirMUITO bom, lindíssimo, tá perfeito :')
ResponderExcluircomo sempre, perfeito! by: naty
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